Este ano, no dia 24 de Dezembro, havia esquecido de um detalhe: o
comércio na Alemanha fecha mais cedo . Na verdade, não há nada aberto
depois das 14 horas (sendo que dia 25 é feriado, e dia 26 também).
Bom, mas o que eu quero dizer com isso? Só queria fazer uma breve
comparação e reflexão sobre o Natal, o consumo e o tempo. Não quero
dizer que aqui é melhor, mas não posso negar que aqui na Europa há uma
preocupação maior com o tempo, com as pessoas e com as tradições natalinas
(o que é, obviamente, melhor). Infelizmente, no nosso Brasil, a vida
segue um rumo um pouco diferente- a ganância fala mais alto que tudo ( e
não venha me dizer que não é assim). O Natal é uma data comercial para a
maioria dos brasileiros sim, os pinheirinhos são revestidos de
presentes (muitas vezes caros e desnecessários), as celebrações
religiosas viram desfile de moda, o comércio só quer vender (ou melhor,
empurrar) e são os trabalhadores que pagam a maior conta de todas -
viram a noite trabalhando, emendam finais de semana e na véspera do
Natal chegam em casa tarde, por vezes na hora da ceia (e ainda cansados
por terem servido durante dias a classe privilegiada). E sabe o que
alimenta isso tudo?! Nós- os egoístas, mesquinhos, esnobes, que se dizem
melhores no Natal, que querem fazer caridade, que querem mudar o mundo,
que vão à Igreja, etc. E é claro, que junto disso tudo está o
comércio, que utiliza desta data para vender mais, para empurrar, para
fazer „promoções“, para tornar o Natal das famílias uma linda festa do
consumo.
Eu desejaria que no próximo ano algumas mudanças
acontecessem, começando pelas cidades pequenas, onde o comércio poderia
se mobilizar para fechar as portas mais cedo. E que nós, cidadãos
consumistas, possamos ter mais respeito com as pessoas que trabalham e
que também desejam usufruir o tempo com sua família, que também querem
preparar uma ceia com calma, organizar a casa, fazer biscoitos, brincar
com os filhos.
Além disso, não precisamos comprar tanta coisa, dar
presentes tão caros, vestir todo o ano roupas novas e de "grife". O
Natal (e por sinal, a vida) não se resume em comprar grandes presentes.
Talvez o maior presente que você possa dar à alguém é o seu tempo, o seu
respeito, o seu amor e a sua compaixão. Pense nisso e seja você a
mudança no próximo ano e no próximo Natal! Compartilhe essa ideia!
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